Como Dona Ivone Lara se afirmou, 'pisando devagarinho', no mundo masculino do samba
Em 2012, Dona Ivone Lara, já dona de uma longa carreira, foi homenageada
pelo samba-enredo da escola Império Serrano, que a descrevia como
"Dona, Dama, Diva..." e "A rainha da casa, mãe, esposa de fé". A letra
continuava: "Diz que o dom de compor é coisa de mulher".
Se até hoje contam-se nos dedos as mulheres que compõem sambas nas
escolas do Rio, a prerrogativa estava há décadas de ser "coisa de
mulher" quando Dona Ivone começou a desbravar um território até então
estritamente masculino, em sua adolescência, nos idos dos anos 1930.
Dona
Ivone nasceu no meio do samba e revelou desde cedo talento para a
música, mas seguir o chamado não foi fácil. Os primeiros passos foram
acompanhados por puxões de orelha da tia e incluíram pedido dela para
que um primo sambista apresentasse suas composições sob seu nome - para
ver se, ocultando a autoria feminina, eles seriam acolhidos.
Ela
morreu na segunda-feira no Rio de Janeiro, após duas semanas internada
com infecção renal. Tinha completado 97 anos na última sexta-feira. Seu
corpo foi velado na quadra da escola de samba da Império Serrano, e a
prefeitura do Rio declarou luto oficial de três dias. A sambista teve
sua vida atrelada à história da agremiação da Serrinha, na zona norte do
Rio, tendo participado de sua fundação, em 1947.
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